Em um jantar organizado recentemente pelo Memorial do Holocausto dos Estados unidos, dois sobreviventes do Holocaustos - Jack Waksal e Sam Ronse - se reencontraram após 79 anos.
A última vez em que os dois grandes amigos se viram foi em 1943, em uma mina de carvão de Pionki, na Polônia, onde trabalhavam forçadamente.
“Descarregávamos carvão todos os dias. Às vezes, fazíamos isso por 24 horas direto. Foi muito difícil. Trabalhávamos muito e havia pouca comida e as condições de higiene eram precárias. Nós estávamos sempre com fome. Não era incomum acordar de manhã com alguém próximo a você morto. Cada dia de vida era uma vitória”, lembra um deles.
Waksal conseguiu escapar enquanto era transferido e ficou escondido durante oito meses em uma floresta. Já Ronse permaneceu no campo de concentração até abril de 1945.
Ele foi um dos prisioneiros que sobreviveram às temidas marchas da morte, que consistiam em caminhadas de longas distância, nas quais os prisioneiros tinham acesso restrito à água e comida, eram expostos a baixas temperaturas e tinha poucas horas por dia de descanso.
Depois de três semanas nestas condições, Ronse foi liberado pelo exército dos Estados Unidos.
Hoje, os dois possuem 97 anos de idade, uma jornada marcada por muitas superações e 79 anos de conversa para colocar em dia.
Inicialmente, durante o jantar, Waksal não reconheceu o amigo, apesar de ter achado seu rosto familiar.
“Ele pulou da cadeira e veio correndo até mim. Começou a me abraçar e disse: ‘Você é meu irmão!'”, contou Ronse.
“Na hora eu pensei: Conheço essa pessoa. Éramos como irmãos! Achei que estava sonhando. Tenho sorte de ainda estar vivo, e ele também”, acrescentou Waksal.
Hoje, a dupla mora a apenas 60 km de distância nos EUA. Durante o jantar, eles já combinaram de se reunir novamente.
Redação
Com informações de Washington Post
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