Medindo breves mudanças no campo magnético da Terra, pesquisadores dataram e confirmaram batalhas citadas no segundo livro de Reis, do Antigo Testamento da Bíblia. A pesquisa foi registrada na última segunda-feira (24), no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
O estudo datou 21 camadas de destruição em 17 sítios arqueológicos em Israel, reconstruindo a direção e/ou intensidade do campo magnético registrado em restos queimados. Os novos dados confirmam relatos bíblicos das campanhas militares egípcias, arameias, assírias e babilônicas contra os reinos de Israel e Judá.
Segundo explicam os pesquisadores, geofísicos tentam entender o mecanismo do campo magnético terrestre utilizando achados arqueológicos contendo minerais magnéticos aquecidos ou queimados no passado e que trazem pistas de como era o magnetismo no momento de incêndios em guerras.
Em um estudo de 2020, cientistas reconstruíram o campo magnético como era no dia 9 do mês hebraico de Av no ano de 586 a.C. — a data hebraica da destruição do Primeiro Templo e da cidade de Jerusalém por Nabucodonosor e seu exército babilônico.
Na nova pesquisa, os autores usaram dados para desenvolver uma nova ferramenta científica confiável para datação arqueológica. Os resultados indicaram que o exército de Hazael, rei de Arã-Damasco, foi responsável pela destruição de várias cidades, entre elas: Tel Rehov, Tel Zayit e Horvat Tevet, além de Gate dos Filisteus, cuja devastação é relatada na Bíblia hebraica.
*GALILEU
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